sábado, 9 de agosto de 2008







A CANÇÃO DOS HOMENS

Quando uma mulher, de uma certa tribo Africana, sabe que está grávida, juntamente com outras mulheres, reza e medita, até que surga a “canção da criança”.
Quando a criança nasce, toda a aldeia se junta para lhe cantar a sua canção.
Quando a criança inicia a sua educação, toda o povo se junta para lhe cantar a sua canção.
Na passagem para a idade adulta, mais uma vez cantam a sua canção.
Quando se casa, a pessoa ouve a sua canção.
Finalmente, quando a alma está prestes a partir, família e amigos aproximam-se e, tal como no nascimento, cantam a sua canção para que esta possa acompanhá-lo na “viagem”.
Nesta tribo há ainda outra ocasião em que o povo canta a canção.
Sempre que a pessoa comete algum crime ou um acto socialmente desajustado, levam-no até ao centro da aldeia, formam um círculo à sua volta, e cantam-lhe a canção.
Esta tribo percebe que a correcção para as condutas anti-sociais não é o castigo, mas o Amor e a lembrança da sua verdadeira identidade.
Quando reconhecemos a nossa canção desaparece o desejo ou a necessidade de prejudicar alguém.
Os teus amigos conhecem a tua canção e cantam-na sempre que a esqueces.
Aqueles que te amam não se deixam enganar pelos erros que cometes ou pela má imagem que passas aos outros.
Eles recordam a tua beleza quando te sentes feio, a tua unicidade quando te sentes despedaçado, a tua inocência quando te sentes culpado e o teu objectivo quando estás confuso.


Tolba Phanem

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